Texana Hollis, uma mulher estadunidense de 101 anos de idade, é o mais fiel retrato da crise que o capitalismo mundial vem vivendo nos últimos anos. Por não conseguir pagar os altos impostos e a hipoteca de sua casa, onde vivia há mais de 60 anos, ela foi despejada e teve suas coisas retiradas pelo Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano, órgão do governo dos EUA.
O mais curioso é que o próprio governo norte-americano vem concedendo, desde o estouro da crise, bilhões e bilhões de dólares em vantagens para banqueiros e especuladores que tiveram algum prejuízo com a irresponsabilidade deles mesmos. E quem paga essa conta? Texana e outros milhões de cidadãos daquele país e do mundo inteiro, que vão a cada dia sendo jogados na marginalidade.
Aliás, Texana só não teve que ir morar nas ruas graças à generosidade de sua vizinha, Pollian Cheeks, 68, que já havia sido sua aluna e a abrigou em sua casa logo que soube do despejo. "Polly é tão boa comigo quanto possível. É como viver em minha casa, mas não é a minha casa", afirmou Hollis.
Cenas como essas estão cada dia mais comuns nos EUA e em outras grandes potencias mundiais, onde o desemprego e os índices de pobreza extrema nunca estiveram tão altos e direitos trabalhistas vem sendo retirados como parte do esforço para superar a crise. Esforço apenas do povo, naturalmente, já que os pacotes anti-crise de todas essas nações nada exigem dos mais ricos.
"Aqui estou eu, 100 anos e sem um lugar pra viver", lamentou Texana.
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