sexta-feira, 6 de abril de 2012

O fascista Bolsonaro devia ser preso

Por Altamiro Borges
O fascistóide Jair Bolsonaro (PP-RJ) adora provocar. Mas desta vez ele pode ter se exagerado, o que finalmente possibilitaria a sua punição por quebra de decoro parlamentar. Segundo a Agência Brasil, nesta quarta-feira (4), o deputado tentou impedir a realização da primeira audiência da subcomissão de Direitos Humanos da Câmara Federal e ainda ofendeu um servidor do Legislativo.

Agressão e ameaças aos depoentes

Diante das agressões, deputados da Comissão de Direitos Humanos e da Subcomissão da Verdade protocolaram na presidência da Câmara representação contra o parlamentar, que é oficial da reserva do Exército e o principal porta-voz dos saudosos da ditadura militar. Para o deputado Domingos Dutra (PT-MA), presidente da comissão, Jair Bolsonaro abusou das suas prerrogativas:

“O deputado Bolsonaro, que está acostumado a agredir as pessoas e tentar obstruir os trabalhos do Legislativo e, apesar de não fazer parte da subcomissão, tentou obstruir a sessão. Agrediu um servidor, o secretário Marcio Araujo, ameaçou os depoentes, tentou paralisar as atividades da comissão. Como não conseguiu, ele ficou no corredor aos berros ameaçando todo mundo”.

O PCdoB e a guerrilha no Araguaia: a estratégia

Há exatos 40 anos, no dia 12 de abril de 1972, as Forças Armadas da ditadura militar atacaram guerrilheiros no Sul do Pará. Iniciavam-se assim os combates que passaram à história como a Guerrilha do Araguaia. Para marcar a passagem da data, relembrar os feitos dos combatentese oferecer elementos de reflexão, oVermelho publica nesta sexta -feira (6), sábado (7) e domingo (8), em três partes, artigo de Paulo Fonteles, membro da Associação dos Torturados da Guerrilha do Araguaia.

A Guerrilha do Araguaia teve inicio num período em que todos os canais de respiração política da sociedade brasileira estavam amordaçados. Foi um tempo em que a classe operária estava impedida de reivindicar os seus mínimos direitos, a imprensa se encontrava censurada, os livros apreendidos, artistas espancados e os estudantes proibidos de protestar ou mesmo estudar. Prepostos do governo norte-americano prestavam luxuoso auxílio aos torturadores brasileiros e uma parcela significativa da intelectualidade aderindo ou pelo menos silenciando ante ao massacre quase que diário de patriotas que morriam nas câmaras de tortura do sistema, ou em lutas desiguais contra os órgãos de repressão.