terça-feira, 7 de janeiro de 2014

VÍDEO HISTÓRICO: Entrevista com Salvador Allende e Fidel Castro

Allende e Fidel, na visita do cubano ao Chile.
Em novembro de 1971 o líder da revolução cubana, Fidel Castro, desembarcou no Chile para uma histórica e longa viagem de 24 dias. Nesse momento, a luta política no país já estava bastante acirrada e as forças de direita trabalhavam abertamente para derrubar Allende. Ainda assim, estimativas da época indicam que cerca de 1 milhão de pessoas foram receber Fidel no aeroporto de Santiago.

Durante a estadia, Fidel e Allende concederam uma entrevista ao jornalista Alvaro Covacevich. O resultado foi o documentário "El diálogo de América - Conversaciones entre Salvador Allende e Fidel Castro", que segue na íntegra, logo abaixo:

O espectro da extrema-direita na Europa

Membros do Partido de extrema-direita Aurora Dourada,
que teve 7% dos votos nas últimas eleições para o
Parlamento grego.
Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

Como o bom jornalismo, mesmo quando produzido com viés conservador, ajuda a enxergar os fatos e a interferir sobre seu desfecho. A revista inglesa Economist acaba de publicar um editoriale uma análise sobre uma das tendências políticas mais preocupantes da atualidade: o rápido crescimento, na maioria dos países da Europa, de partidos políticos de extrema-direita. Os textos revelam: tais agremiações podem conquistar até 10% das 751 cadeiras do próximo Parlamento Europeu, a ser eleito em maio. Mais: em nações com influência destacada sobre o continente e além dele — como Inglaterra, França e Holanda — a ultra-direita pode ser majoritária, nesse pleito.

Não se trata apenas de um fenômeno eleitoral. O estado de bem-estar social, que constituiu uma espécie de identidade comum europeia no pós-II Guerra, entrou em declínio agudo, com a crise econômica pós-2008. A esquerda não foi capaz, ainda, de apresentar uma alternativa. Diante do vazio, uma parcela considerável das populações busca refúgio em três atitudes: uma crítica difusa e desesperançada às instituições políticas, vistas como elitistas e corruptas; a nostalgia em relação a um passado comunitário ou nacional supostamente glorioso; e, em especial, o ressentimento - ou o ódio - em relação ao outro, em especial o não-europeu.