Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:
O governo chileno começou o ano enfrentando uma série de obstáculos políticos que prejudicaram enormemente a popularidade da presidenta Michele Bachelet. O índice de desaprovação de seu governo alcançou 63%, no início do mês de maio, embora algumas semanas depois tenha recuado para 56%. Já o índice de aprovação, que chegou a apenas 28%, agora atinge 33%.
As razões para isso são várias. O primeiro fato negativo que veio a público em fevereiro envolveu o filho mais velho da presidenta, Sebastián Dávalos, e sua esposa, Natalia Compagnon. Ele participava do governo como “gestor de obras sociais”, função normalmente desempenhada por uma primeira-dama, e ela, empresária do ramo imobiliário, se associou a uma empresa do setor, a Caval, na compra de vários terrenos. Para pagá-los, Natalia contou com empréstimo concedido pelo Banco do Chile em reunião com seu vice-presidente, acompanhada de seu marido, um dia depois da promulgação da vitória eleitoral da presidenta Bachelet.