Por Saul Leblon, na Carta Maior
Dizer que o segundo mandato da Presidenta Dilma será um governo em disputa é correto mas ainda insuficiente para caracterizá-lo.
E, sobretudo, para antever o que vem pela frente.
O requisito da exatidão não é um preciosismo conceitual. Há consequências políticas em jogo.
Um governo em disputa, dentro de uma ampla coalizão de interesses, assim foram todos os mandatos conquistados pelo campo progressista desde 2002.
A singularidade atual não deriva apenas do grau da disputa, sem dúvida o mais extremado desde o dramático torniquete armado contra o primeiro governo Lula, em 2003.