Por Davidson Magalhães*
A crise das polícias militares nos estados brasileiros, que se arrasta há mais de uma década, tem como base objetiva: o arrocho salarial acumulado pelo funcionalismo público ao longo dos anos, a estrutura obsoleta e autoritária da segurança pública, herdada da ditadura militar e os limites dos paradigmas neoliberais concebidos para reduzir o papel do Estado e garantir o largo predomínio da esfera financeira na destinação dos recursos do país, o que termina esvaziando, ou diminuindo bastante, as possibilidades do Estado cumprir a contento suas obrigações, inclusive junto à segurança pública.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Delfim Netto: o homem que matou a história
Por André Cintra
Pouca gente acreditava que Antônio Delfim Netto daria conta do recado. Em 1967, aos 39 anos e ainda como catedrático da USP, Delfim foi convidado para assumir o Ministério da Fazenda do governo Costa e Silva – o segundo general-presidente da ditadura (1964-1985).
As elites cariocas eram as mais refratárias. “Aquele paulista caipira não aguentará até o fim do ano”, previa-se no Rio de Janeiro. Ademais, o novo ministro era um civil incrustado no coração de um regime militar que se recrudescia. Mereceria ele a devida confiança da “linha-dura”?
Pois Delfim Netto sobreviveu não apenas a 1967 – como também aos 45 anos que se sucederam. “É um homem que se reinventou. Foi ministro nos governos dos generais Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici e João Baptista Figueiredo e é um dos principais conselheiros dos governos da era PT”, resume o jornal “Valor Econômico”, num perfil laudatório publicado nesta sexta-feira (10/02).
Pouca gente acreditava que Antônio Delfim Netto daria conta do recado. Em 1967, aos 39 anos e ainda como catedrático da USP, Delfim foi convidado para assumir o Ministério da Fazenda do governo Costa e Silva – o segundo general-presidente da ditadura (1964-1985).
As elites cariocas eram as mais refratárias. “Aquele paulista caipira não aguentará até o fim do ano”, previa-se no Rio de Janeiro. Ademais, o novo ministro era um civil incrustado no coração de um regime militar que se recrudescia. Mereceria ele a devida confiança da “linha-dura”?
Pois Delfim Netto sobreviveu não apenas a 1967 – como também aos 45 anos que se sucederam. “É um homem que se reinventou. Foi ministro nos governos dos generais Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici e João Baptista Figueiredo e é um dos principais conselheiros dos governos da era PT”, resume o jornal “Valor Econômico”, num perfil laudatório publicado nesta sexta-feira (10/02).
Rede Globo: poder e corrupção
Por João Gabriel Vieira Bordin, no sítio do Correio da Cidadania:
A recente declaração do ex-braço direito do imperador midiático Roberto Marinho, o executivo José Bonifácio Sobrinho, não deve nos impressionar. Trata-se de uma cortina de fumaça para camuflar a verdadeira natureza da Rede Globo: corrupta, monopolizadora, discricionária, obsedada pelo poder. Numa entrevista concedida para a Globonews, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, comenta sobre a influência da vetusta platinada (como a Globo procura se apresentar ao público, ou seja, como incorruptível, de moral ilibada etc.) nas eleições de 1989, primeira após a abertura democrática. O episódio diz respeito ao último debate entre Lula e Collor, ambos candidatos ao segundo turno. A Rede Globo teria sido, segundo Boni, responsável pelas jogadas de marketing do então “caçador de marajás”, assessorando-lhe em coisas como retirar a gravata, plantar suores falsos e ostentar pastas vazias que supostamente continham denúncias contra Lula.
A recente declaração do ex-braço direito do imperador midiático Roberto Marinho, o executivo José Bonifácio Sobrinho, não deve nos impressionar. Trata-se de uma cortina de fumaça para camuflar a verdadeira natureza da Rede Globo: corrupta, monopolizadora, discricionária, obsedada pelo poder. Numa entrevista concedida para a Globonews, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, comenta sobre a influência da vetusta platinada (como a Globo procura se apresentar ao público, ou seja, como incorruptível, de moral ilibada etc.) nas eleições de 1989, primeira após a abertura democrática. O episódio diz respeito ao último debate entre Lula e Collor, ambos candidatos ao segundo turno. A Rede Globo teria sido, segundo Boni, responsável pelas jogadas de marketing do então “caçador de marajás”, assessorando-lhe em coisas como retirar a gravata, plantar suores falsos e ostentar pastas vazias que supostamente continham denúncias contra Lula.
Greve de policiais e bombeiros do RJ é suspensa
Após assembleia realizada nesta segunda-feira (13), bombeiros, policiais civis e militares do Rio de Janeiro suspenderam, temporariamente, a paralisação iniciada na última quinta-feira (9). A assembleia foi realizada no Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Rio de Janeiro (Sindsprev), na Lapa, no centro da cidade.
Após o Carnaval, o movimento unificado pretende agendar uma nova assembleia em praça pública para definir se a greve será ou não retomada.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Fernando Bandeira, informou ao Vermelho que os policiais mobilizados procuraram, nesta segunda-feira (13), a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) para pedir apoio na busca de informações sobre os policiais e bombeiros presos.
Após o Carnaval, o movimento unificado pretende agendar uma nova assembleia em praça pública para definir se a greve será ou não retomada.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Fernando Bandeira, informou ao Vermelho que os policiais mobilizados procuraram, nesta segunda-feira (13), a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) para pedir apoio na busca de informações sobre os policiais e bombeiros presos.
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