Por Deutsche Welle, na Carta Capital
Pouca coisa acontece nas ruas da periferia de Doha. De tempos em tempos, passa um caminhão ou um ônibus, levantando poeira. E logo a tranquilidade retorna ao bairro industrial da capital do Catar. Mais de meio milhão de pessoas vivem ali, ao lado de fábricas, galpões e unidades industriais. Há alojamentos de trabalhadores por todos os lados.
É neste lugar que moram os imigrantes que trabalham nas obras que remodelam o país para a Copa do Mundo de 2022. Essas pessoas vêm do Nepal, Bangladesh, Índia ou Filipinas. Apesar de ser uma área bastante povoada, ela tem uma aparência triste, neste país tão moderno e dinâmico. Edifícios cinzentos dominam a paisagem, cortada por ruas, em geral, não pavimentadas. Eles se encontram entre alojamentos de três e quatro andares – em grande parte, sem janelas. Não é um lugar atraente para trabalhar. Menos ainda para morar.