segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Em defesa da Hidroelétrica de Belo Monte

Por Caio Botelho

O Brasil é uma nação riquíssima - uma das mais privilegiadas do mundo do ponto de vista da existência de recursos naturais. Aqui, encontramos riquezas suficientes que, se forem bem distribuídas, são capazes de garantir aos mais de 190 milhões de brasileiros uma vida decente. Entretanto, o que fazer com tantos recursos sempre dividiu opiniões e produziu importantes polêmicas. As mais recentes foram as discussões sobre o novo Código Florestal e a construção da Usina Hidroelétrica de Belo Monte.

Ao longo de cinco séculos essas riquezas foram saqueadas sem que fosse garantido ao povo brasileiro contrapartida de espécie alguma. O maior inimigo da natureza, sem dúvidas, é a desenfreada sanha dos capitalistas de plantão pelo lucro, prontos para destruir, em nome do saldo positivo no próximo balanço, tudo o que veem pela frente, sem nenhum critério ou controle.

sábado, 3 de novembro de 2012

Entrevista com Manuela D'Ávila: "fiz a opção de transformar meus sonhos privados em sonhos coletivos"


Publicado no blog Esquina Democrática
Tomando pelo menos um litro de chá durante uma conversa de pouco mais de uma hora na tarde da última quarta-feira, a deputada Manuela D´Ávila (PCdoB) não transparecia qualquer tristeza por ter perdido há um mês a disputa pela Prefeitura de Porto Alegre. Pelo contrário. Manuela estava feliz e realizada. Na conversa que você vê transcrita abaixo, Manuela fala da sua relação com o PT, dos motivos da vitória de Fortunati, de Ana Amélia Lemos e do seu futuro político. Desconversa apenas quando questionada sobre se está de namorado novo. Na segunda-feira retoma seu trabalho na Câmara dos Deputados.

As perguntas que não foram feitas nesta entrevista podem ser feitas diretamente a Manuela na próxima segunda-feira. Às 18h30 ela retoma a prática da twitcam.

Esquecer o passado? Jamais!

Fico enojado toda vez que alguém afirma que "devemos esquecer o passado" de certos políticos e de seus partidos. Mas ora, pessoas foram perseguidas, demitidas, presas, exiladas e mortas nesse passado. Esses "certos políticos" construíram grandes fortunas, impérios midiáticos e impuseram ao povo décadas de despotismo escancarado. Chegaram ao ponto de preparar filhos e netos para serem sucessores, como se vivêssemos em uma monarquia. E agora, algumas pessoas - umas bem intencionadas, outras não - me propõem esquecer, passar uma borracha em tudo isso e "olhar para o futuro", como se o futuro não fosse resultado da cadeia de acontecimentos ocorridos no presente e no passado. É como diz o velho jargão: "um povo que não conhece sua história, está fadado a repeti-la".