Garoto sul-africano "invade" o campo e é aclamado pelos jogadores brasileiros. |
"A quem serve?", perguntava a mineira radicada na Bahia, Loreta Valadares¹, sempre que se via diante de uma situação difícil em meio à luta política. A quem serve esta ou aquela posição? Quem está do nosso lado e quem está no campo adversário?
Loreta, como boa revolucionária, sabia que as elites são capciosas e gostam de plantar armadilhas para a classe trabalhadora. Não poucas vezes disfarçam seus interesses escusos em palavras de ordem que, à primeira vista, podem parecer justas e comprometidas com um mundo melhor. Assim, muita gente boa cai no canto da sereia e acaba fazendo o jogo dos setores conservadores. É claro que também existem os que deturpam as bandeiras de luta do povo de forma consciente e oportunista - são as velhas correntes que sempre jogaram no campo da contrarrevolução e que devem ser desmascaradas.
Só que a história nos ensina que não existem atalhos para a construção de transformações mais profundas. O caminho a ser trilhado é longo, duro, cheio de desafios e mesmo de algumas derrotas pontuais. Mas necessário, sob pena de cairmos em desvios, muitas vezes sem ponto de retorno.