Fico imaginando se o STF, hoje, estivesse julgando a compra de votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. À diferença do que ocorre com o processo do mensalão, quando aquele escândalo estourou havia uma quantidade enorme de provas do ilícito.
Era 1997 e o governo tucano, através do então ministro das Comunicações, Sergio Motta, fora acusado de ter subornado deputados daquele Estado para votar a favor da emenda constitucional que permitiu a FHC disputar a própria sucessão em 1998.
Gravações revelaram como o então deputado João Maia (PFL-AC) vendera seu voto. Flagraram aquele e outros deputados confessando que haviam recebido R$ 200 mil do governo federal e outros R$ 200 mil do governo do Acre. O dinheiro usado na operação, segundo as gravações, teria sido providenciado pelo então governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PFL), e pelo então ministro das comunicações.