domingo, 9 de setembro de 2012

A miséria moral de ex-esquerdistas

Por Emir Sader
Alguns sentem satisfação quando alguém que foi de esquerda salta o muro, muda de campo e se torna de direita – como se dissessem: “Eu sabia, você nunca me enganou”, etc., etc. Outros sentem tristeza, pelo triste espetáculo de quem joga fora, com os valores, sua própria dignidade – em troca de um emprego, de um reconhecimento, de um espaçozinho na televisão.

O certo é que nos acostumamos a que grande parte dos direitistas de hoje tenham sido de esquerda ontem. O caminho inverso é muito menos comum. A direita sabe recompensar os que aderem a seus ideais – e salários. A adesão à esquerda costuma ser pelo convencimento dos seus ideais.

sábado, 8 de setembro de 2012

A luta pela independência do Brasil

Editorial do sítio Vermelho
A Independência do Brasil, cujos 190 anos são comemorados hoje, resultou de um longo processo de lutas históricas e sociais, e o 7 de setembro é a data simbólica de um passo civilizatório fundamental: o anúncio ao mundo da autonomia política brasileira afirmada naquele longínquo 1822.

O FEMEN e a historia do falso sequestro.

*Texto extraído do site Contraditorium

Quando o FEMEN surgiu, uns anos atrás, eu gostei da idéia. Não só por ser homem heterossexual, portanto defensor do patriarcado, porco-chauvinista estRupador e apreciador de peitos.
Esse lado conta, e se o FEMEN peca na diversidade (cadê as FEMEN negras?) ao menos capricham na qualidade, só tem filé no movimento.
Fora isso, achei muito, muito legal por ser uma forma de protesto que incomoda a hipocrisia reinante ao mesmo tempo em que é eminentemente pacífico. Ver peitos é bom mas ver conservadores moralistas religiosos em modo revolt apenas porque algumas gurias tiraram a blusa é bom demais.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff

Confira a seguir o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff em cadeia nacional de TV e rádio, na véspera da comemoração do Dia da Independência.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Gravações provam a ligação entre o editor da Veja, Policarpo Jr, e o bicheiro Carlinhos Cachoeira

Na sexta-feira (1/09), a novela que envolve as denúncias de ligações entre o redator da revista Veja, Policarpo Júnior, com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o ex-senador Demóstenes Torres ganhou mais um capítulo com a revelação da esposa de Cachoeira, Andressa Mendonça, de que Policarpo era funcionário do seu marido. Em depoimento ao juiz Alderico Rocha, ela chegou a afirmar que "Carlinhos pagou para que ele [Policarpo] fizesse uns serviços" (leia mais aqui).

Dias antes, gravações autorizadas pela Justiça e publicadas pelo Jornal da Record mostram Cachoeira, Policarpo e Demóstenes combinando a divulgação de matérias contra membros do governo e a realização de grampos ilegais, como o que teria como alvo o deputado Jovair Arantes (PTB-GO). Além disso, Cachoeira, Demóstenes e a Veja teriam agido para beneficiar a empreiteira Delta plantando matérias que atingiriam concorrentes da empresa e altos funcionários do Ministério dos Transportes, gerando a crise que derrubou o ministro Alfredo Nascimento, em julho do ano passado.

Agora, partidos como o PT, PCdoB e PSB trabalham para aprovar a convocação de Policarpo Jr. para depor na CPI do Cachoeira. PSDB e DEM são contra. Confira a seguir as gravações das conversas entre o bicheiro, o ex-senador e o editor da Veja:

domingo, 2 de setembro de 2012

PT chegou ao governo, mas não ao poder

Por Eduardo Guimarães
Fico imaginando se o STF, hoje, estivesse julgando a compra de votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. À diferença do que ocorre com o processo do mensalão, quando aquele escândalo estourou havia uma quantidade enorme de provas do ilícito.
Era 1997 e o governo tucano, através do então ministro das Comunicações, Sergio Motta, fora acusado de ter subornado deputados daquele Estado para votar a favor da emenda constitucional que permitiu a FHC disputar a própria sucessão em 1998.
Gravações revelaram como o então deputado João Maia (PFL-AC) vendera seu voto. Flagraram aquele e outros deputados confessando que haviam recebido R$ 200 mil do governo federal e outros R$ 200 mil do governo do Acre. O dinheiro usado na operação, segundo as gravações, teria sido providenciado pelo então governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PFL), e pelo então ministro das comunicações.

sábado, 1 de setembro de 2012

Roberto Gurgel e suas meias-provas

E o procurador-geral Roberto Gurgel não se cansa de nos presentear com suas pérolas. Nessa sexta-feira, (31/08) ele teve a cara-dura de defender que os ministros do STF aceitem "provas mais tênues" (palavras dele) para condenar os réus da Ação Penal 470. O que Gurgel precisa mesmo é voltar aos bancos da Universidade de Direito pra [re]aprender que não existe "relativização" da prova e que cabe à acusação provar que o réu é culpado, e não ao réu provar que é inocente. Caso contrário, como diz o velho princípio do bom Direito, "in dubio pro reu" ou, em caso de dúvida, o réu deve ser inocentado.

Emir Sader sobre a imprensa de esquerda no Brasil:

"O maior erro, pelo qual a esquerda paga o preço agora, foi, mesmo depois da experiência do debate no segundo turno de 1989, não ter construído sua própria imprensa e não ter avançado na democratização da mídia desde o começo do governo Lula."

Assange afirma que EUA rastreiam usuários por meio do Google

O jornalista e fundador do Wikileaks, Julian Assange, concedeu, nesta quinta-feira (30), a primeira entrevista desde que fugiu de sua prisão domiciliar e pediu asilo político à Embaixada do Equador em Londres. Na conversa, Assange qualificou a decisão do Equador de conceder-lhe asilo como “correta”, porque é uma pessoa “perseguida política pelos Estados Unidos e seus aliados”. 

Na conversa com o jornalista Jorge Gestoso, transmitida pelo Canal Multiestatal teleSur e pela equatoriana Gama TV, Assange afirmou que se uma pessoa fizer algo que “vai de encontro à vontade dos Estados Unidos, algo de mau vai acontecer com ela”.


A entrevista aconteceu nas dependências da embaixada do Equador no Reino Unido, onde Assange está alojado desde 19 de junho, data na qual deixou a prisão domiciliar e pediu ao governo de Rafael Correa a concessão de um asilo político. A resposta positiva para o pedido veio no dia 16 de agosto, momentos após o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, alegar que o governo britânico pretendia invadir a representação diplomática para prender o jornalista. O governo britânico nega-se a conceder um salvo-conduto para o jornalista deslocar-se até o aeroporto e seguir para Quito. “Eles (EUA) já disseram em documentos oficiais que não se trata somente de acusar Julian Assange por espionagem, mas de parar as atividades do Wikileaks”, relatou Assange.