Editorial do jornal Brasil de Fato:
O governo Dilma está numa encruzilhada. E o caminho que escolher vai definir não apenas os quatro anos de seu mandato, mas também antecipará os resultados de 2018.
A classe dominante brasileira e a direita saíram das eleições com mais força política e social. Não só pela vitória apertada da candidatura Dilma no segundo turno, mas por outras situações criadas.
Eles aumentaram o controle sobre Congresso, as dez maiores empresas sozinhas elegeram 70% dos parlamentares. Aumentaram o controle ideológico sobre o poder Judiciário, que age claramente em favor dos seus interesses. Vejam os exemplos patéticos do comportamento do Judiciário, que perderam completamente o que deveria ser uma postura republicana: a ação do ministro Gilmar Mendes de impedir a votação, já perdida por seis votos a um, da Medida que proibiria o financiamento das empresas nas campanhas, ainda em 2014; a diplomação de Paulo Maluf e a tentativa de aumentar seu mandato vitalício do limite de 70 para 75 anos!