Tenho dois filhos homens com uma diferença de 17 anos entre eles. E sempre me esforcei por ser uma mãe que não reforça estereótipos sobre masculinidade nem reprime a sexualidade ou a personalidade de nenhum dos dois –pelo menos, claro, não de forma consciente. Um dia, quando o maior tinha uns 8 anos de idade, resolvi lhe contar que quando eu era pequena os mais velhos viviam dizendo que homens não choram. Ele me olhou como se eu tivesse falado a coisa mais bizarra do mundo e disse:
– Sério? Nossa, que estranho.
Recentemente, resolvi repetir a “experiência” com o mais novo, de 6 anos. “Você sabia que quando eu era pequena diziam que homens não choram?”, perguntei. E ele respondeu:
– Mas eu não sou homem, sou uma criança!