Dilma Rousseff, em campanha na cidade de Petrolina (PE) |
Por
Caio Botelho*
As forças populares, lideradas pela
presidenta Dilma Rousseff, sagraram-se vitoriosas no processo eleitoral
encerrado há poucos dias. Foi um triunfo de grandes proporções, tanto por
representar a continuidade de um projeto que há doze anos vem impulsionando
mudanças significativas, quanto pelas condições adversas em que essa campanha
se desenvolveu, com a direita lançando mão dos mais torpes expedientes para
inviabilizar a recondução da primeira mulher a exercer o mais importante cargo
do país.
Dilma e a esquerda derrotaram um
consórcio oposicionista poderoso, composto não apenas pelos partidos de
oposição, mas também pela grande mídia e por setores da sociedade influenciados
pela retórica udenista. O segundo turno foi um verdadeiro “nós contra eles”,
com Aécio Neves e Marina Silva construindo uma bem entrosada aliança e a mídia
partindo para uma forte ofensiva, primeiro com as denúncias envolvendo a
Petrobrás, depois com a criminosa capa da revista Veja às vésperas da eleição,
verdadeiro ato de terrorismo midiático que deve ser exemplarmente punido.