Após o histórico discurso de “Eu Tenho um Sonho”, King passou a ser alvo de uma cruzada secreta e sem limites, com o aval das altas esferas do governo dos EUA
Por David Corn, em Mother Jones | Tradução: Vinicius Gomes
O discurso “I have a dream”, de Martin Luther King Jr. feito na Marcha sobre Washington, em 1963, marcou um ponto alto na história norte-americana. Foi um momento de ascensão, no qual a alma do movimento dos direitos civis foi desnudado para o país, enquanto Luther King, bravamente, reconhecia os desafiadores obstáculos ao progresso, ele também expressava um otimismo de que a justiça, no fim de tudo, reinaria. Houve, no entanto, um lado sombrio no evento, pois este acionou uma reação suja e brutal, vindo de uma das mais poderosas instituições do planeta. Em resposta ao discurso de Luther King, J. Edgar Hoover, o onipotente diretor do FBI, intensificou a guerra clandestina da polícia federal dos EUA contra o heroico líder dos direitos civis.