terça-feira, 2 de abril de 2013

Assassino de Che Guevara receberá Yoani nos EUA

No Brasil, Yoani foi recepcionada por protestos que
denunciavam seus verdadeiros interesses.
Por Altamiro Borges

O sítio Opera Mundi divulgou ontem que Félix Rodríguez, ex-agente da CIA que participou do assassinato do revolucionário Ernesto Che Guevara, encabeçará a recepção à dissidente cubana Yoani Sánchez em Miami em meados de abril, quando ela fará nova turnê pelos EUA. A notícia, divulgada em primeira mão pelo sítio espanhol Terceira Informação, bombou nas redes sociais no final de semana. Ela serviu para abalar ainda mais a imagem da sinistra “blogueira”, tão paparicada pela mídia colonizada.

Segundo a enciclopédia virtual Wikipédia, Félix Ismael Rodríguez nasceu em 1941, em Havana. Seu tio foi ministro de Obras Públicas do ditador Fulgencio Batista e o jovem integrou a policia secreta do regime facínora e pró-ianque. Logo após o triunfo da revolução, em 1959, sua rica família se exilou nos EUA. Félix Rodríguez frequentou aulas na The Perkiomen School, na Pensilvânia, mas logo abandonou o estudo para ingressar na Legião Caribe Anticomunista, criada com o objetivo de derrubar o governo de Fidel Castro.

Em setembro de 1960, ele aderiu a uma organização paramilitar de exilados cubanos, bancada e financiada pela famigerada CIA. O grupo terrorista, batizado de Brigada 2506, planejou vários atentados em Cuba. Félix Rodríguez também participou da frustrada tentativa de invasão na Baia de Praia Girón. Em abril de 1967, os governos da Bolívia e dos EUA criaram o Segundo Batalhão Ranger com a missão de liquidar a guerrilha no país andino. Já a serviço da CIA, Félix Rodriguez foi o responsável pela execução de Ernesto Che Guevara, em 9 de outubro de 1967. Ele mesmo relatou o covarde assassinato:

“Quando cheguei, Che estava sentado num banco. Quando ele me viu, disse: ‘Você veio aqui para me matar’. Senti-me envergonhado e abaixei a cabeça sem responder. Então ele perguntou-me: ‘O que disseram os outros?’. Eu respondi que não tinham dito nada e ele retorquiu: ‘Eles são uns bravos!’. Eu não me atrevia a disparar. Naquele momento eu vi o Che grande, muito grande, enorme. Seus olhos brilhavam intensamente. Quando ele me olhou fixamente, fiquei tonto. Eu pensei que com um movimento rápido Che poderia tirar-me a arma. ‘Por favor, calma‘, disse ele. ‘Aponte-a bem! Vai matar um homem!’ . Então dei um passo atrás, dirigindo-me para a porta. Fechei os olhos e disparei a primeira salva. Che, com as pernas quebradas, caiu no chão, contorceu-se e começou a deitar muito sangue. Recuperei o meu ânimo e atirei a segunda salva de disparos, que feriu o seu braço, ombros e coração. Ele estava morto”.

É este crápula que agora recepcionará Yoani Sánchez em Miami, num ato organizado pela mafiosa Associação de Veteranos da Baía de Cochinos. Quando esteve no Brasil, a dissidente cubana foi recebida pelos líderes da oposição demotucana, teve como guarda-costas o fascistóide Jair Bolsonaro e ganhou os holofotes da mídia colonizada. Na ocasião, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que organizou sua visita ao país, afirmou “ingenuamente” que a blogueira cubana lutava pela liberdade. Que belas companhias!

3 comentários:

  1. Vcs tem idéia de quantas pessoa Che, esse que vcs idolatram, matou em apena 1, repito, em apenas 1 único dia ? Mto mais do que todos os mortos que tivemos em toda a ditadura militar aqui no Br, o que nao me entra na cabeça, é pq vcs defendem tanto um regime que priva a liberdade, e mata aqueles que discordam das ideias dos manda chuva. Todo mundo tem direito de se expressar, de concordar ou nao, mas defender CHE, um cara que matou milhares de pessoas em 1 único dia e coloca-lo como herói é mta hipocrisia, nao acha ?

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    1. A informação apresentada sobre o suposto número de mortes cometidas por Che Guevara em apenas um dia ser maior do que a quantidade de vítimas da ditadura brasileira é falsa. Não há uma só fonte confiável que corrobore com esse dado.

      Sem contar que Che e os guerrilheiros de Sierra Maestra combatiam a feroz ditadura de Fulgêncio Batista que, como todos os regimes antidemocráticos da América Latina e Caribe, era financiado pelos EUA. O governo cubano antes da Revolução retirou do povo daquele país a possibilidade de lutar por liberdade e democracia através de métodos pacíficos. A luta armada empreendida pelos guerrilheiros liderados por Fidel, portanto, foi a única forma possível de luta contra o regime tirânico.

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  2. Che era a favor da guerra total - levar o terror ao inimigo e usar o ódio como fator de luta, ódio intransigente e cego. A fotografia bucolica do guerrilheiro caiu bem como propaganda nostálgica, mas se você pesquisar um pouco vai ficar horrorizado com fatos e dados da época que descrevem o perfil do dito cujo. "fonte confiável" = governo cubano? Seria muita inocência acreditar nisso....
    Segue trecho do relatório da comissão interamerica de direitos humano que descreve denúncias da época:
    "Por monstruoso que parezca este sistema, que priva de libertad a los ciudadanos y los obliga a trabajar gratuitamente, sin que haya mediado ningún proceso judicial, el sistema existe en Cuba y se calcula que más de 30,000 jóvenes están incorporados a tales unidades. Este sistema cumple dos objetivos: a) Facilitar mano de obra gratuita al Estado y b) Castigar a los jóvenes que se niegan a incorporarse a las organizaciones comunistas."

    http://www.cidh.org/countryrep/cuba67sp/cap.1a.htm#ftnref4
    outro site que muita informação produzida por gente séria e de credibilidade:
    http://cubaarchive.org/home/

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