Depois de um período em banho-maria, o debate em torno da sucessão para a prefeitura de Salvador voltou a esquentar depois de um almoço promovido no último dia 27 pelo PCdoB, PTB, PSB, PR, PV, PRB e PPS, todos com seus respectivos pré-candidatos ao palácio Thomé de Souza. E não faltaram alfinetadas ao PT, que sequer foi convidado para o encontro e que estaria conduzindo o debate em torno da sucessão municipal sem ouvir os partidos aliados.
E o recado foi ouvido (embora, ao que parece, não tenha sido
compreendido) pelo pré-candidato do PT, o deputado federal Nelson Pelegrino. Em
entrevista ao site Bahia Notícias, o petista questionou a necessidade de várias
candidaturas capitaneadas por partidos da base aliada dos governos Wagner e
Dilma se, de acordo com ele, “o projeto é o mesmo”. Entretanto, não respondeu o
porquê essa unidade teria que ser construída, necessariamente, em torno de seu
nome e não de algum dos nomes apresentados por esses partidos. Parece
prevalecer, nesse caso, a filosofia de que “ser apoiado é muito bom, mas
apoiar...”.
E o principal alvo foi a deputada federal e pré-candidata do
PCdoB, Alice Portugal, e a recente aproximação entre comunistas e peemedebistas.
Como já é público – e confirmado pelos próprios dirigentes do PMDB – caso a
candidatura do ex-prefeito Mário Kertész não decole, a primeira opção desse partido será a
deputada. O presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, chegou a afirmar
recentemente, na Conferência Estadual do PCdoB, que Alice poderá se tornar “não
o Plano B, mas o Plano A” da sua legenda.
Só que isso tem incomodado muito os petistas. Nelson
Pelegrino chegou a afirmar que essa aliança seria “muito complicada” e que o PT
já teria alertado o PCdoB sobre os riscos dessa relação. Nessa semana, o líder
do PT na Câmara dos Vereadores, Henrique Carballal, declarou que Alice estaria
se comportando como oposição ao governo Wagner.
Mas o que faz o PT achar que tem o direito de dizer aos seus
aliados com quais partidos eles podem se coligar? O próprio PT fez, ao longo de
sua história e especialmente nos últimos anos, alianças um tanto questionáveis do
ponto de vista programático. No caso em questão, se eles têm algo contra o
PMDB, devem avisar antes à presidente Dilma, que tem esse partido como
principal aliado de seu governo, ocupando inclusive a vice-presidência da
República.
Além do mais, o PCdoB e o PMDB possuem uma relação histórica.
Durante parte considerável da ditadura militar, os comunistas, impossibilitados
de existirem legalmente graças às perseguições dos governos autoritários,
abrigaram-se nas fileiras do PMDB, lançando por este partido os seus candidatos
aos diversos cargos eletivos. E, de acordo com diversos dirigentes comunistas,
sempre foram muito respeitados.
Por tabela, essa provável aliança enfraquece os principais
partidos de oposição, o PSDB e DEM, que contam com derrotar não somente o
governador Wagner, mas também a presidente Dilma, e sabem que as eleições de
2012 são uma prévia de 2014. Para cumprir esse intento, eles contam com o PMDB,
que – muito longe de ser um partido pequeno e sem expressão – pode ser decisivo
nesse processo.
Portanto, se o PT deixasse seu hegemonismo de lado por
alguns instantes, perceberia que seria muito melhor se o PMDB estivesse no
campo de alianças do governo Dilma, e não aliado com os principais partidos da
oposição à este projeto, fortalecendo-os para a disputa de 2014.
Os petistas precisam, enfim, respeitar o desejo legítimo de
seus aliados em também se apresentarem como alternativa para a sociedade e deve compreender
que não pode trata-los como se fossem suas “sublegendas”.
BEM AMIGOS EU ACHO LEGITIMO E DEMOCRATICO QUE O PCDOB E A PRE CANDIDATA ALICE PORTUGAL VEM TRABALHNADO AS ALIANÇAS COM OS PARTIDOS EM BUSCA DE APOIO A SUA CANDIDATURA, ACHO TAMBEM QUE DEVEMOS NOS PRECAVER EM RELAÇÃO AO PT, QUE JÁ COMEÇA A SURGIR COMENTARIOS QUE JA ESTAMOS FAZENDO OPOSIÇÃO AO GOVERNO, ISSO É UMA FORMA DE AMEAÇA, ALERTA CAMARADAS O SINAL LARANJA ESTA ACESO.
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