A chancelaria destaca no documento que a situação dos Direitos Humanos está longe dos ideais declarados pelos próprios Estados Unidos.
"Washington mantém sem resolução o problema do cárcere na base naval norte-americana ilegal na baía de Guantânamo, no oriente cubano, onde mantém 171 pessoas, supostamente vinculadas ao terrorismo", diz o documento.
"O presidente estadunidense, Barack Obama, legalizou o encarceramento indefinido e sem julgamento das pessoas naquela prisão e permitiu novamente o trabalho dos tribunais militares nesses casos", denuncia o relatório.
"Além disso, há também a aplicação extraterritorial da legislação dos Estados Unidos, que atinge suas relações com Rússia", aponta.
"Isso leva à violação dos direitos e liberdades dos russos, que s]ap incluídos nas detenções arbitrárias e sequestros em terceiros países, o abusivo tratamento para eles e sua perseguição policial com base em provas duvidosas", destaca o documento.
Do mesmo modo, o Ministério denuncia que o governo norte-americano omite atividades da Agência Central de Inteligência e outros agente públicos em violações em massa e flagrantes dos princípios dos Direitos Humanos.
"Também não cessa o desrespeito pelos Estados Unidos do direito internacional em zonas de conflito e nas operações antiterroristas, com um uso desmedido da força", indica o relatório.
A Casa Branca mantém métodos de controle sobre a sociedade e a ingerência na vida privada que os órgãos de segurança iniciaram na época do republicano George W. Bush, com o pretexto da "guerra contra o terrorismo".
Washington só participa em três dos nove acordos internacionais sobre Direitos Humanos, lembra a chancelaria russa.
"Assim, a Casa Branca se absteve de assinar a declaração sobre liquidação de todas as formas de discriminação da mulher e a convenção sobre os direitos da criança", afirma o texto do Ministério russo do Exterior.
Os Estados Unidos negam-se a colaborar com mecanismos internacionais para queixas coletivas de violação dos direitos humanos ao considerar que seu sistema judicial é "suficiente" e "pode lidar" com esse problema sem assistência estrangeira, aponta a nota.
A isso se soma o aumento dos problemas sistemáticos da sociedade norte-americana como a discriminação racial, a xenofobia, o excesso de prisões e a aplicação da pena de morte, inclusive contra pessoas inocentes, doentes mentais e adolescentes.
O relatório também se refere às imperfeições do sistema eleitoral norte-americano.
Do Portal Vermelho, com informações da Prensa Latina
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