Por Raissa Leite Zoccal, no site Outras Palavras:
O fenômeno das migrações forçadas sempre esteve presente na história mundial, quer oriundo de desequilíbrios sociais e econômicos, como fome e calamidade natural, quer ocasionado por guerras e opressões. Na maioria das vezes, indivíduos nessas circunstâncias são obrigados a deixar o próprio país para buscar proteção em território estrangeiro, e frequentemente, para salvar a própria vida. O direito internacional contempla uma categoria específica de migrante forçado, o refugiado, que deve conter elementos conceituais bem determinados.
Vale lembrar que este número cresce exponencialmente. De acordo com o último relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados - Acnur (Tendências Globais), são quase 60 milhões de pessoas (59,5 milhões) em fuga devido a guerras, conflitos e perseguições. Há dez anos, este número era de 37,5 milhões.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Zuzu Angel: Quem é essa mulher?
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu filho
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra o sino?
Queria cantar para o meu menino
Que ele não pode mais cantar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu filho
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra o sino?
Queria cantar para o meu menino
Que ele não pode mais cantar
domingo, 26 de julho de 2015
Euro, austeridade e decadência europeia
Por Emir Sader, na Revista do Brasil:
O momento de virada da Europa para sua rota de decadência pode ser localizada na impotência em impedir o surgimento do nazismo e do fascismo no seu seio e na incapacidade para derrotá-los. Teve de contar com a intervenção dos Estados Unidos e da União Soviética, o que consolidou seu processo de decadência, iniciada realmente com o fim da longa hegemonia britânica e na superação da Alemanha pelos Estados Unidos na disputa do lugar deixado vazio pela Grã-Bretanha.
O projeto da União Europeia aparecia como uma recuperação de protagonismo em escala mundial, pela multiplicação da força de cada um dos seus países. Foi um longo processo, conduzido pela Alemanha e pela França, indicando como a Grã-Bretanha não ocuparia lugar de primeira linha nesse processo. A longa aliança com os Estados Unidos, originada depois da própria guerra de independência norte-americana, não se deixou afetar pela unidade europeia, consolidando-se ao longo das últimas décadas como eixo da hegemonia norte-americana no mundo.
O momento de virada da Europa para sua rota de decadência pode ser localizada na impotência em impedir o surgimento do nazismo e do fascismo no seu seio e na incapacidade para derrotá-los. Teve de contar com a intervenção dos Estados Unidos e da União Soviética, o que consolidou seu processo de decadência, iniciada realmente com o fim da longa hegemonia britânica e na superação da Alemanha pelos Estados Unidos na disputa do lugar deixado vazio pela Grã-Bretanha.
O projeto da União Europeia aparecia como uma recuperação de protagonismo em escala mundial, pela multiplicação da força de cada um dos seus países. Foi um longo processo, conduzido pela Alemanha e pela França, indicando como a Grã-Bretanha não ocuparia lugar de primeira linha nesse processo. A longa aliança com os Estados Unidos, originada depois da própria guerra de independência norte-americana, não se deixou afetar pela unidade europeia, consolidando-se ao longo das últimas décadas como eixo da hegemonia norte-americana no mundo.
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Para entender o atual jogo político
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Poucas vezes a política mostrou-se tão adequada à definição do sábio Magalhães Pinto, que a comparava às nuvens do céu: agora estão de um jeito, daqui a pouco de outro.
Há dois tempos em jogo: o atual e o das eleições de 2018. Para 2018 habilitam-se os que têm votos; para 2015, os que têm poder. É a partir dessa dicotomia que se torna mais fácil entender os últimos lances políticos.
Poucas vezes a política mostrou-se tão adequada à definição do sábio Magalhães Pinto, que a comparava às nuvens do céu: agora estão de um jeito, daqui a pouco de outro.
Há dois tempos em jogo: o atual e o das eleições de 2018. Para 2018 habilitam-se os que têm votos; para 2015, os que têm poder. É a partir dessa dicotomia que se torna mais fácil entender os últimos lances políticos.
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Desespero de Cunha só apressa seu destino
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O poder de um presidente da Câmara é grande, mas depende, essencialmente, de ter comando sobre a maioria da Casa.
Se ele define o que se vota, isso vale pouco se o voto dos parlamentares não acompanhar os seus desejos.
E, tirando os que vivem dos frutos eleitorais de um radicalismo provocador – os Felicianos, os Bolsonaros e congêneres – , não parece bom negócio ficar perto de Eduardo Cunha.
E ficará pior até o final do mês, com os inevitáveis desdobramentos das ações da Procuradoria-Geral da República.
O poder de um presidente da Câmara é grande, mas depende, essencialmente, de ter comando sobre a maioria da Casa.
Se ele define o que se vota, isso vale pouco se o voto dos parlamentares não acompanhar os seus desejos.
E, tirando os que vivem dos frutos eleitorais de um radicalismo provocador – os Felicianos, os Bolsonaros e congêneres – , não parece bom negócio ficar perto de Eduardo Cunha.
E ficará pior até o final do mês, com os inevitáveis desdobramentos das ações da Procuradoria-Geral da República.
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Erguer-se para enfrentar os reacionários
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Não deveriam despertar arrepios os dados de recente pesquisa do Datafolha, indicando que 45% dos brasileiros se identificam, ideologicamente, com a centro-direita e a direita (13% se assumem como de direita e 32% de centro-direita), contra 35% que se dizem de centro-esquerda ou de esquerda (28% de centro-esquerda e 7% de esquerda), o que não encerra tudo, pois esses números sequer têm correspondência na composição do Congresso Nacional, majoritariamente de direita.
Consideradas as contingências e o ambiente político – como o emblemático monopólio ideológico exercido pelo pensamento de direita sobre os meios de comunicação no Brasil –, esses números até que podem ser bem recebidos, embora sempre reclamem a autocrítica que a esquerda orgânica – e à frente de todos o PT, ora teimoso, ora hesitante – recusa fazer. Os fatos não são fruto do acaso, nem o bem, como o mal, fruto da Providência, nem as eleições e as derrotas, nem o prestígio e o descrédito. Tudo tem sua razão de ser, e os fenômenos sociais estão à espera de quem os explique.
Não deveriam despertar arrepios os dados de recente pesquisa do Datafolha, indicando que 45% dos brasileiros se identificam, ideologicamente, com a centro-direita e a direita (13% se assumem como de direita e 32% de centro-direita), contra 35% que se dizem de centro-esquerda ou de esquerda (28% de centro-esquerda e 7% de esquerda), o que não encerra tudo, pois esses números sequer têm correspondência na composição do Congresso Nacional, majoritariamente de direita.
Consideradas as contingências e o ambiente político – como o emblemático monopólio ideológico exercido pelo pensamento de direita sobre os meios de comunicação no Brasil –, esses números até que podem ser bem recebidos, embora sempre reclamem a autocrítica que a esquerda orgânica – e à frente de todos o PT, ora teimoso, ora hesitante – recusa fazer. Os fatos não são fruto do acaso, nem o bem, como o mal, fruto da Providência, nem as eleições e as derrotas, nem o prestígio e o descrédito. Tudo tem sua razão de ser, e os fenômenos sociais estão à espera de quem os explique.
terça-feira, 14 de julho de 2015
Grécia tem saída fora da rendição?
Por Breno Altman, em seu blog:
Guardadas as devidas e gigantescas proporções históricas, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, está diante de seu Brest-Litovsk.
Explico-me.
Quando a revolução socialista foi vitoriosa na Rússia, em outubro de 1917, o país estava mergulhado na primeira grande guerra, que havia destruído praticamente toda a infraestrutura e ceifado milhões de vidas.
Uma das grandes bandeiras de Lênin e seus companheiros, então, era a decretação unilateral da paz, associada a um chamamento para que os trabalhadores de toda a Europa se levantassem contras as burguesias de suas próprias nações.
Guardadas as devidas e gigantescas proporções históricas, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, está diante de seu Brest-Litovsk.
Explico-me.
Quando a revolução socialista foi vitoriosa na Rússia, em outubro de 1917, o país estava mergulhado na primeira grande guerra, que havia destruído praticamente toda a infraestrutura e ceifado milhões de vidas.
Uma das grandes bandeiras de Lênin e seus companheiros, então, era a decretação unilateral da paz, associada a um chamamento para que os trabalhadores de toda a Europa se levantassem contras as burguesias de suas próprias nações.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Brasil nega direito à comunicação
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
“O Brasil é a 'vanguarda do atraso' quando falamos de regulação da mídia”, disse Dênis de Moraes, professor e pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF). Ele participou, nesta segunda-feira (29), do lançamento do livro Direitos negados – Um retrato da luta pela democratização da comunicação, organizado por Renata Mielli e publicado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Segundo ele, ferramentas como a obra ajudam a romper o bloqueio em relação ao tema, fator responsável por isolar a sociedade do debate.
Autor do prefácio da publicação, Dênis de Moraes argumenta que a interdição do assunto é 'perversa', feita de forma subliminar e não-ostensiva. “Existe uma ideia, passada pela mídia, de que não é necessário tocar nessas questões, como se o sistema de comunicação altamente concentrado e monopolizado por meia dúzia de famílias fosse algo natural e eterno”, diz.
“O Brasil é a 'vanguarda do atraso' quando falamos de regulação da mídia”, disse Dênis de Moraes, professor e pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF). Ele participou, nesta segunda-feira (29), do lançamento do livro Direitos negados – Um retrato da luta pela democratização da comunicação, organizado por Renata Mielli e publicado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Segundo ele, ferramentas como a obra ajudam a romper o bloqueio em relação ao tema, fator responsável por isolar a sociedade do debate.
Autor do prefácio da publicação, Dênis de Moraes argumenta que a interdição do assunto é 'perversa', feita de forma subliminar e não-ostensiva. “Existe uma ideia, passada pela mídia, de que não é necessário tocar nessas questões, como se o sistema de comunicação altamente concentrado e monopolizado por meia dúzia de famílias fosse algo natural e eterno”, diz.
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Enfrentar sem trégua a onda conservadora
Editorial do Portal Vermelho:
Estamos em meio a uma revigorada ofensiva da direita.
A receita de desmoralizar o PT e a esquerda, ao mesmo tempo em que se aposta no agravamento da crise econômica é o mote que unifica os inimigos do povo, protegidos por uma avalanche incessante de mentiras e distorções veiculadas pelos jornais, TVs, rádios e portais da mídia empresarial.
Desnuda-se, dia a dia, o uso claramente político da Operação Lava Jato, com seus vazamentos seletivos, suas delações premiadas dirigidas, a condenação antecipada de quem sequer foi julgado, culminando agora com a tentativa de paralisar obras fundamentais para a nação, proscrevendo empresas de engenharia nacional, o que revela uma impressionante coincidência entre a estratégia golpista do consórcio oposicionista (mídia hegemônica, partidos de direita e mercado financeiro) com o comando da operação Lava Jato.
Estamos em meio a uma revigorada ofensiva da direita.
A receita de desmoralizar o PT e a esquerda, ao mesmo tempo em que se aposta no agravamento da crise econômica é o mote que unifica os inimigos do povo, protegidos por uma avalanche incessante de mentiras e distorções veiculadas pelos jornais, TVs, rádios e portais da mídia empresarial.
Desnuda-se, dia a dia, o uso claramente político da Operação Lava Jato, com seus vazamentos seletivos, suas delações premiadas dirigidas, a condenação antecipada de quem sequer foi julgado, culminando agora com a tentativa de paralisar obras fundamentais para a nação, proscrevendo empresas de engenharia nacional, o que revela uma impressionante coincidência entre a estratégia golpista do consórcio oposicionista (mídia hegemônica, partidos de direita e mercado financeiro) com o comando da operação Lava Jato.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
PF investiga contratos da Globo com a CBF
Por José Antonio Lima, na Carta Capital
A Polícia Federal está investigando os contratos entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro há décadas. A informação é do portal UOL.
De acordo com a reportagem, não pesam suspeitas sobre a Globo, mas o "escrutínio de especialistas da PF" é parte da colaboração da PF do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, e outras autoridades estrangeiras que apuram casos de corrupção na administração do futebol mundial. A PF deseja entender, diz o site, quais são as regras do relacionamento entre a CBF e a Globo.
A Polícia Federal está investigando os contratos entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro há décadas. A informação é do portal UOL.
De acordo com a reportagem, não pesam suspeitas sobre a Globo, mas o "escrutínio de especialistas da PF" é parte da colaboração da PF do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, e outras autoridades estrangeiras que apuram casos de corrupção na administração do futebol mundial. A PF deseja entender, diz o site, quais são as regras do relacionamento entre a CBF e a Globo.
sábado, 4 de julho de 2015
Solidariedade à Grécia, um país sob chantagem e ingerência
Por José Reinaldo Carvalho, no Portal Vermelho
Uma catástrofe se abateu sobre o povo grego, vítima de uma crise econômica, financeira e social que tem por causa as políticas neoliberais antipopulares da União Europeia e dos organismos financeiros internacionais, à frente dos quais está o famigerado Fundo Monetário Internacional (FMI), que já fez muitos estragos por aqui.
Uma catástrofe se abateu sobre o povo grego, vítima de uma crise econômica, financeira e social que tem por causa as políticas neoliberais antipopulares da União Europeia e dos organismos financeiros internacionais, à frente dos quais está o famigerado Fundo Monetário Internacional (FMI), que já fez muitos estragos por aqui.
O país é vítima de inaudita chantagem, a tal ponto que um procedimento trivial numa ordem minimamente democrática – a consulta à população mediante plebiscito – torna-se alvo de anatematização por parte daqueles que se especializaram nas artes do intervencionismo e da agressão militar contra outras nações e povos, em nome da “democracia”.
quinta-feira, 2 de julho de 2015
A “Ideologia de gênero” e as ameaças à democracia
Por Flávia Biroli*, no blog da Boitempo
A democracia e os direitos individuais estão sendo ameaçados por ofensivas contra o que vem sendo chamado de “ideologia de gênero”. Trata-se da ação retrógrada, orquestrada, de alguns grupos religiosos na política.
Embora se digam contra uma “ideologia”, atuam para frear e interromper a consolidação de valores básicos da democracia, como o tratamento igual aos indivíduos independentemente do que os singulariza e a promoção, no ambiente escolar, do respeito à pluralidade e diversidade que caracterizam as sociedades contemporâneas.
Em Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, esses grupos vêm atuando para eliminar das diretrizes educacionais, orientações para a valorização e respeito à diversidade sexual e para a superação das desigualdades de gênero. A própria palavra “gênero” vem sendo sistematicamente eliminada nos casos em que essa empreitada teve sucesso. O requerimento de informação apresentado pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) em maio de 2015, dirigido ao MEC, é um exemplo bastante claro do que se passa: solicita esclarecimentos sobre o que caracteriza como a “manutenção da ideologia de gênero como diretriz obrigatória para o PNE”, contrariamente ao que teria sido determinado pela apreciação do Congresso Nacional. O deputado, que é membro da Comissão Especial formada na Câmara dos Deputados para análise do Plano Nacional de Educação (PNE), apresenta como inaceitáveis – e característicos do que define como “ideologia de gênero” – os seguintes trechos do PNE:
A democracia e os direitos individuais estão sendo ameaçados por ofensivas contra o que vem sendo chamado de “ideologia de gênero”. Trata-se da ação retrógrada, orquestrada, de alguns grupos religiosos na política.
Embora se digam contra uma “ideologia”, atuam para frear e interromper a consolidação de valores básicos da democracia, como o tratamento igual aos indivíduos independentemente do que os singulariza e a promoção, no ambiente escolar, do respeito à pluralidade e diversidade que caracterizam as sociedades contemporâneas.
Em Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, esses grupos vêm atuando para eliminar das diretrizes educacionais, orientações para a valorização e respeito à diversidade sexual e para a superação das desigualdades de gênero. A própria palavra “gênero” vem sendo sistematicamente eliminada nos casos em que essa empreitada teve sucesso. O requerimento de informação apresentado pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) em maio de 2015, dirigido ao MEC, é um exemplo bastante claro do que se passa: solicita esclarecimentos sobre o que caracteriza como a “manutenção da ideologia de gênero como diretriz obrigatória para o PNE”, contrariamente ao que teria sido determinado pela apreciação do Congresso Nacional. O deputado, que é membro da Comissão Especial formada na Câmara dos Deputados para análise do Plano Nacional de Educação (PNE), apresenta como inaceitáveis – e característicos do que define como “ideologia de gênero” – os seguintes trechos do PNE:
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