domingo, 26 de fevereiro de 2012

Farc anunciam fim dos sequestros e libertação de prisioneiros de guerra

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram neste domingo (26) que libertarão unilateralmente 10 prisioneiros de guerra e que a partir de agora os sequestros estão proscritos.

Queremos comunicar nossa decisão de somar à anunciada libertação dos seis prisioneiros de guerra, a dos quatro restantes em nosso poder, assinala o grupo insurgente em comunicado divulgado neste domingo.

O comunicado destaca que muito se tem falado acerca das detenções de pessoas, homens ou mulheres da população civil, que efetuam com fins financeiros para manter a luta.

"Com a mesma vontade indicada acima, anunciamos também que a partir de agora proscrevemos a prática das detenções em nossa atuação revolucionária", sublinha a guerrilha.

Chegou a hora de começar a esclarecer quem e com que propósitos seqüestra hoje na Colômbia, agrega.

Em outra parte do comunicado, as Farc também solicitam que Marleny Orjuela, porta-voz do grupo da sociedade civil Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP), receba os detidos que serão libertados.

Com esse efeito, expressa o texto, anunciamos ao grupo de mulheres do continente que trabalham ao lado do CCP, que estamos prontos para fazer o que seja necessário para agilizar este propósito.

Igualmente, a guerrilha agradece a disposição generosa do governo brasileiro, presidido por Dilma Rousseff, e assinala que aceita sem vacilação a participação brasileira no processo para as citadas libertações. 

O grupo insurgente manifesta também sentimentos de admiração para com os familiares dos soldados e policiais em seu poder.

"Jamais perderam a fé em que os seus recobrariam a liberdade, mesmo em meio ao desprezo e indiferença dos distintos governos e comandos militares e policiais", afirmam.

Comissão internacional
As Farc celebram ainda os passos que vêm sendo dados rumo à conformação de uma comissão internacional que verificará as denúncias sobre as condições subumanas de reclusão em que vivem os prisioneiros de guerra e sociais nos cárceres do país.

Esperamos que o governo colombiano não tema e não obstrua este legítimo trabalho impulsionado pela comissão de mulheres do continente.

A dirigente política e social brasileira Socorro Gomes, presidente do Conselho Mundial da Paz, integra a comissão e se encontra na Colômbia onde participa do fórum Colômbia entre grades, em busca de um caminho para a liberdade e a Paz, evento organizado pelo grupo humanitário Colombianos e Colombianas pela Paz. 



Do Portal Vermelho, com Prensa Latina.

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