terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Em nota, UJS defende direito de greve, mas critica métodos usados por policiais baianos


A União da Juventude Socialista (UJS) vem a público expressar a sua opinião sobre a greve da Polícia Militar baiana deflagrada no último dia 31 de janeiro.

Para a UJS, a greve é um direito legítimo e uma importante forma de luta dos trabalhadores. Entretanto, a responsabilidade e o bom senso devem imperar para que esse instrumento de luta do povo não se transforme em instrumento de luta contra o povo, como vem ocorrendo.

Nos solidarizamos com as justas reivindicações dos policiais, que defendem melhores condições de trabalho, salários justos e pagamentos de gratificações asseguradas por lei. Mas não podemos ser coniventes com intimidações, atos de violência e vandalismo que tem cultivado um clima de medo e terror em Salvador e nas principais cidades baianas. Não se faz uma greve com armas em punho – ela perde a sua legitimidade quando a força das ideias é substituída pela força física, por crianças como escudo humano, por tiros ao alto e pela promoção do pânico.


Boa parte dos 27 anos de história da UJS foi dedicada à luta para que a Bahia virasse a página do carlismo e inaugurasse um novo momento de sua história. E fomos vitoriosos! Mas apenas quem sentiu a dureza da repressão política – e policial – promovida pelos governos anteriores sabe valorizar os inúmeros avanços do projeto político liderado pelo governador Jaques Wagner, a quem reafirmamos o nosso apoio.  Entre esses avanços, podemos citar o reajuste salarial dos policiais que varia de 29% a 35% de ganho real entre 2007 e 2012 e que, embora ainda não sejam os ideais, já representam uma vitória considerável. Sabemos que ainda precisamos avançar em muitos pontos e superar diversas limitações, mas faremos isso sem jogar água no moinho daqueles que desejam voltar ao passado.

Finalizamos fazendo um apelo ao bom senso das partes envolvidas para que valorizem o diálogo e cheguem a um entendimento. A população baiana, maior vítima dessa situação, tem o direito de viver com tranquilidade e ter novamente a alegria – nossa marca registrada – estampada em nossos rostos.

Salvador, 7 de fevereiro de 2012

Executiva Estadual da UJS

Um comentário:

  1. eh realmente nos nao podemos aproveitar p praticar anarquia alguma. Movimento pacifico sempre.
    www.oguarda.com

    ResponderExcluir

As opiniões aqui expressas não necessariamente refletem a posição deste Blog, sendo de responsabilidade exclusiva dos leitores. Não serão aceitas mensagens com ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência. Não há moderação de caráter ideológico: a ideia é promover o debate mais livre possível, dentro de um patamar mínimo de bom senso e civilidade.