Da Agência Sputnik
Países desenvolvidos liderados pelos EUA fazem todo o possível para evitar que países em desenvolvimento formem uma nova arquitetura econômica global eficaz para todos, inclusive para os pobres, considera Joseph Stiglitz, laureado com o Nobel em economia.
Segundo o especialista, quando os Estados Unidos tentaram pôr obstáculos ao desenvolvimento do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), a administração de Barack Obama sofreu uma grande derrota.
O economista faz notar que o mundo se alterou muito desde o início do século: na altura dominavam os membros da G7, mas agora a maior economia é a China.
De acordo com Joseph Stiglitz, os Estados Unidos não apoiam os países em desenvolvimento: “Embora o país prometesse dar pelo menos 0,7% do seu PIB à assistência ao desenvolvimento, o Estado só destina 0,19%”.
Além disso, os EUA bloqueiam o desenvolvimento do direito internacional no que se refere às dívidas soberanas e setor financeiro.
O especialista afirma que os mecanismos atuais já são muitas vezes inadequados: "A Ucrânia, a Grécia e a Argentina são exemplos do fracasso dos acordos internacionais existentes. A grande maioria dos países apelou à reestruturação das suas dívidas soberanas. Os EUA continuam a ser o maior obstáculo."
Da mesma forma, o sistema existente de tributação não funciona: “Os EUA e outros países avançados têm pressionado a fazer mudanças as menores recomendadas pela OCDE, o clube dos países desenvolvidos. Em outras palavras, os países politicamente poderosos onde residem os que fogem aos impostos são os mesmos que desenham um sistema para reduzir a evasão fiscal.”
Assim, o laureado de Nobel norte-americano acredita que as novas realidades, isto é, o mundo multipolar, precisa de novas formas de administração em que os países em desenvolvimento tenham maiores direitos.
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