Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Se o governo Dilma Rousseff não enfrentasse uma situação de defensiva absoluta, procurando encontrar oxigênio de qualquer maneira, seria mais fácil refazer um debate político essencial para os rumos do Brasil e o futuro dos brasileiros.
O colapso de US$ 3 trilhões de dólares, até agora, produzido pelas bolsas da China, poderia servir de um estímulo poderoso para passar a limpo um conjunto de lendas e mitos que circulam pelo país desde a posse de Dilma e o anúncio do ajuste econômico. Gostaria de acreditar que isso é verdade.
domingo, 30 de agosto de 2015
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Nós não vamos invadir sua praia
Por Jandira Feghali, no Jornal do Brasil:
O pensamento de que as praias são o espaço mais democrático de qualquer cidade cai por terra a cada investida da visão preconceituosa e militarizada do Estado. Numa ação recente no Rio de Janeiro de espírito segregador, jovens negros e pobres foram retirados à força de um ônibus que partia em direção a uma praia da Zona Sul. Mais um ato patrocinado pelo Governo do Rio que nos enche de vergonha e revolta.
O pensamento de que as praias são o espaço mais democrático de qualquer cidade cai por terra a cada investida da visão preconceituosa e militarizada do Estado. Numa ação recente no Rio de Janeiro de espírito segregador, jovens negros e pobres foram retirados à força de um ônibus que partia em direção a uma praia da Zona Sul. Mais um ato patrocinado pelo Governo do Rio que nos enche de vergonha e revolta.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Ataques a Lula atingem a democracia
Editorial do Portal Vermelho:
Sob a manchete “Muitos Lulas” o jornal Movimento descreveu, em 14 de maio de 1979, a pronta reação dos trabalhadores em greve, em São Bernardo do Campo, à prisão do então sindicalista Luíz Inácio da Silva.
Isso ocorreu há 36 anos e os trabalhadores, que exigiam melhores salários, lutavam contra da ditadura militar e o arbítrio policial.
Aquele foi um episódio de grande visibilidade da luta de classes que se desenvolvia. E o preso pela repressão ia além da figura do líder sindical importante em que Lula se transformara. Ele era também a imagem da exigência de transformação que pulsava na mente dos trabalhadores e do povo, sentimento que aquela manchete foi feliz em traduzir.
Sob a manchete “Muitos Lulas” o jornal Movimento descreveu, em 14 de maio de 1979, a pronta reação dos trabalhadores em greve, em São Bernardo do Campo, à prisão do então sindicalista Luíz Inácio da Silva.
Isso ocorreu há 36 anos e os trabalhadores, que exigiam melhores salários, lutavam contra da ditadura militar e o arbítrio policial.
Aquele foi um episódio de grande visibilidade da luta de classes que se desenvolvia. E o preso pela repressão ia além da figura do líder sindical importante em que Lula se transformara. Ele era também a imagem da exigência de transformação que pulsava na mente dos trabalhadores e do povo, sentimento que aquela manchete foi feliz em traduzir.
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Movimentos sociais: "saída pela esquerda"
Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:
Movimentos sociais e centrais sindicais esperam levar milhares de pessoas às ruas em todo o país nesta quinta-feira (20) com a proposta de construção de uma agenda popular em contraposição à Agenda Brasil e ao ajuste fiscal. As organizações defendem que os trabalhadores não podem pagar pela crise e cobram reformas estruturais. As informações foram dadas em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje (17), em São Paulo.
Movimentos sociais e centrais sindicais esperam levar milhares de pessoas às ruas em todo o país nesta quinta-feira (20) com a proposta de construção de uma agenda popular em contraposição à Agenda Brasil e ao ajuste fiscal. As organizações defendem que os trabalhadores não podem pagar pela crise e cobram reformas estruturais. As informações foram dadas em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje (17), em São Paulo.
terça-feira, 18 de agosto de 2015
PCdoB: Defender a democracia, superar a crise e retomar o crescimento
Os membros do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), reunidos entre sexta-feira (14) e domingo (16), na capital paulista, debateram a quadra política do país e fizeram uma análise das linhas de construção partidária. Em sua resolução, o PCdoB destaca a superação da crise política e econômica para a retomada do crescimento e avanço das conquistas sociais. Do mesmo modo, os comunistas ressaltaram que a intenta antidemocrática e golpista pode e deve ser derrotada.
Segue abaixo a íntegra da resolução aprovada na 6ª reunião do Comitê Central:
Não ao golpe! Superar a crise com a defesa da democracia e a retomada do crescimento
A situação do país prossegue grave. A democracia, reconquistada à custa de muita luta e muitas vidas, corre riscos. Golpistas tramam abertamente derrubar a presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita. A economia nacional, engolfada pela crise mundial do capitalismo, sem saída e sem fim à vista, atravessa um difícil período de recessão.
Segue abaixo a íntegra da resolução aprovada na 6ª reunião do Comitê Central:
Não ao golpe! Superar a crise com a defesa da democracia e a retomada do crescimento
A situação do país prossegue grave. A democracia, reconquistada à custa de muita luta e muitas vidas, corre riscos. Golpistas tramam abertamente derrubar a presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita. A economia nacional, engolfada pela crise mundial do capitalismo, sem saída e sem fim à vista, atravessa um difícil período de recessão.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Stieglitz: EUA são um obstáculo à igualdade na economia global
Da Agência Sputnik
Países desenvolvidos liderados pelos EUA fazem todo o possível para evitar que países em desenvolvimento formem uma nova arquitetura econômica global eficaz para todos, inclusive para os pobres, considera Joseph Stiglitz, laureado com o Nobel em economia.
Segundo o especialista, quando os Estados Unidos tentaram pôr obstáculos ao desenvolvimento do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), a administração de Barack Obama sofreu uma grande derrota.
O economista faz notar que o mundo se alterou muito desde o início do século: na altura dominavam os membros da G7, mas agora a maior economia é a China.
De acordo com Joseph Stiglitz, os Estados Unidos não apoiam os países em desenvolvimento: “Embora o país prometesse dar pelo menos 0,7% do seu PIB à assistência ao desenvolvimento, o Estado só destina 0,19%”.
Países desenvolvidos liderados pelos EUA fazem todo o possível para evitar que países em desenvolvimento formem uma nova arquitetura econômica global eficaz para todos, inclusive para os pobres, considera Joseph Stiglitz, laureado com o Nobel em economia.
Segundo o especialista, quando os Estados Unidos tentaram pôr obstáculos ao desenvolvimento do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), a administração de Barack Obama sofreu uma grande derrota.
O economista faz notar que o mundo se alterou muito desde o início do século: na altura dominavam os membros da G7, mas agora a maior economia é a China.
De acordo com Joseph Stiglitz, os Estados Unidos não apoiam os países em desenvolvimento: “Embora o país prometesse dar pelo menos 0,7% do seu PIB à assistência ao desenvolvimento, o Estado só destina 0,19%”.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Reação ao golpismo virá da militância
Por Raimundo Bonfim e Julian Rodrigues, no blog Viomundo:
O quadro político se agrava muito rapidamente. A escalada conservadora se acelera, alimentando o ódio e a intolerância, fechando o cerco sobre o governo Dilma e intensificando o movimento para aniquilar o PT – e toda a esquerda brasileira.
Está em jogo não somente a continuidade do governo Dilma, mas o projeto democrático e progressista, duramente construído por milhares de militantes desde o fim da ditadura militar.
A crise econômica foi aprofundada pela política econômica comandada por Joaquim Levy.
O quadro político se agrava muito rapidamente. A escalada conservadora se acelera, alimentando o ódio e a intolerância, fechando o cerco sobre o governo Dilma e intensificando o movimento para aniquilar o PT – e toda a esquerda brasileira.
Está em jogo não somente a continuidade do governo Dilma, mas o projeto democrático e progressista, duramente construído por milhares de militantes desde o fim da ditadura militar.
A crise econômica foi aprofundada pela política econômica comandada por Joaquim Levy.
sábado, 8 de agosto de 2015
A 'exceção' que se torna regra
Por Tarso Genro, no site Carta Maior:
O tema da “exceção” tem voltado, nas últimas décadas, de forma recorrente ao vocabulário jurídico e na teoria política, face a um fenômeno mundial, que é o centro da desestabilização das experiências democráticas mais recentes: as reformas “liberais” ou neoliberais - como se diz de forma ligeira - não podem ser aplicadas sem a suspensão da ordem jurídica democrática, que consagrou os direitos fundamentais e tornou, alguns deles, elementos da vida comum.
O estado gerado por decisões de “exceção” do poder político, não é uma situação “de fato”, nem uma “situação de direito”, mas é a instituição de uma relação diferente entre as duas situações. A sua propriedade mais contundente não é anular toda a ordem jurídica e política, mas mais propriamente definir espaços em que a legalidade plena pode vingar, segregando outros espaços onde ela deixa de incidir, como diz, com outras palavras, Giorgio Agambem.
O tema da “exceção” tem voltado, nas últimas décadas, de forma recorrente ao vocabulário jurídico e na teoria política, face a um fenômeno mundial, que é o centro da desestabilização das experiências democráticas mais recentes: as reformas “liberais” ou neoliberais - como se diz de forma ligeira - não podem ser aplicadas sem a suspensão da ordem jurídica democrática, que consagrou os direitos fundamentais e tornou, alguns deles, elementos da vida comum.
O estado gerado por decisões de “exceção” do poder político, não é uma situação “de fato”, nem uma “situação de direito”, mas é a instituição de uma relação diferente entre as duas situações. A sua propriedade mais contundente não é anular toda a ordem jurídica e política, mas mais propriamente definir espaços em que a legalidade plena pode vingar, segregando outros espaços onde ela deixa de incidir, como diz, com outras palavras, Giorgio Agambem.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Um agosto decisivo para a democracia
Editorial do Portal Vermelho:
Já se esperava por um agosto de confrontos e fortes tensões e logo no início do mês as previsões se confirmam. O fim de julho foi marcado pelo atentado com uma bomba incendiária contra o Instituto Lula, fato que a mídia empresarial tentou escamotear e relevar, o que é até compreensível já que as digitais desta mídia estão claramente presentes na cena do crime, tal o grau de manipulação e mentiras que cotidianamente ela despeja tendo como alvos o governo e o PT, repetindo a mesma tática golpista usada contra Getúlio Vargas e Jango.
A prisão do ex-ministro José Dirceu, uma figura emblemática do PT, logo no primeiro dia útil do novo mês, mostra o que representará este período em termos de luta política. Revela também (mais uma vez) o quanto é viciada e parcial a condução da chamada Operação Lava Jato. O preceito, aliás, óbvio, lembrado insistentemente por diversos juristas, e inclusive por membros do próprio Supremo Tribunal Federal (STF), de que as “delações premiadas” por si só não servem de base para nenhuma condenação é hoje tratado como mera e dispensável formalidade, mas apenas quando o delator aponta pessoas ligadas ao PT e ao governo. As delações premiadas que citam membros importantes da oposição, principalmente quando fazem referência ao PSDB, são ignoradas e tornadas “invisíveis” pela “operação abafa” da mídia.
Já se esperava por um agosto de confrontos e fortes tensões e logo no início do mês as previsões se confirmam. O fim de julho foi marcado pelo atentado com uma bomba incendiária contra o Instituto Lula, fato que a mídia empresarial tentou escamotear e relevar, o que é até compreensível já que as digitais desta mídia estão claramente presentes na cena do crime, tal o grau de manipulação e mentiras que cotidianamente ela despeja tendo como alvos o governo e o PT, repetindo a mesma tática golpista usada contra Getúlio Vargas e Jango.
A prisão do ex-ministro José Dirceu, uma figura emblemática do PT, logo no primeiro dia útil do novo mês, mostra o que representará este período em termos de luta política. Revela também (mais uma vez) o quanto é viciada e parcial a condução da chamada Operação Lava Jato. O preceito, aliás, óbvio, lembrado insistentemente por diversos juristas, e inclusive por membros do próprio Supremo Tribunal Federal (STF), de que as “delações premiadas” por si só não servem de base para nenhuma condenação é hoje tratado como mera e dispensável formalidade, mas apenas quando o delator aponta pessoas ligadas ao PT e ao governo. As delações premiadas que citam membros importantes da oposição, principalmente quando fazem referência ao PSDB, são ignoradas e tornadas “invisíveis” pela “operação abafa” da mídia.
Assinar:
Postagens (Atom)