 |
| Roberto Gurgel |
Há algumas semanas intensificou-se uma campanha, com forte apelo de setores da grande mídia, para que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, seja declarado impedido de participar do julgamento do "mensalão" por, há anos atrás, ter tido relações profissionais com o Partido dos Trabalhadores.
Por outro lado, recentemente surgiram denúncias de que o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel (que também participa do julgamento) teria trabalhado para prejudicar o PT. Uma dessas denúncias, por exemplo, afirma que ele teria "combinado" com o deputado Fernando Francischini (PSDB) a abertura de inquéritos contra o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz. Como se sabe, Francischini, mesmo tendo sido eleito pelo Paraná, tinha planos de ser candidato a governador do DF em 2014 - ao menos até ser pego em escutas com membros da quadrilha de Carlinhos Cachoeira.
Agora resta a pergunta: os mesmos que defendem o impedimento de Toffoli vão também propor o impedimento de Gurgel? Afinal de contas, o procurador é acusado (e não é a primeira vez) de ter agido com má-fé, abusando das funções do cargo público que ocupa, o que, em um estado democrático de direito, seria o suficiente para torná-lo suspeito.
Ao menos em tese.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
As opiniões aqui expressas não necessariamente refletem a posição deste Blog, sendo de responsabilidade exclusiva dos leitores. Não serão aceitas mensagens com ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência. Não há moderação de caráter ideológico: a ideia é promover o debate mais livre possível, dentro de um patamar mínimo de bom senso e civilidade.