As centrais ressaltaram que o Brasil ainda é um dos campeões mundiais dos juros reais altos. Segundo o presidente da CTB, Wagner Gomes, a redução ainda está "longe de contemplar as reivindicações do movimento sindical e dos setores produtivos do empresariado". O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, cobrou "um pouco mais de ousadia" e afirmou que uma redução mais acentuada "traria enormes benefícios para o setor produtivo, que gera emprego e renda e anseia há tempos por um crescimento expressivo da economia".
A CTB reforçou que a atual política monetária conservadora é uma das "causas do fraco desempenho da economia nacional em 2011", que registrou um PIB de 2,7% em 2011. "O resultado do PIB no ano passado e os últimos indicadores da produção industrial sinalizam e necessidade de mudanças substantivas na política econômica, com destaque para a redução dos juros a níveis civilizados. O Brasil precisa crescer mais, com melhor distribuição de renda e justiça social, e o crescimento reclama urgência", diz o documento.
Leia abaixo a íntegra das notas:
CTB: Brasil ainda é um campeão mundial dos juros altos
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) informou na noite de quarta-feira, 7, a decisão de reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 0,75%, para 9,75%. A medida reflete uma mudança positiva na política monetária, iniciada no final do ano passado, mas peca por timidez e está ainda longe de contemplar as reivindicações do movimento sindical e setores produtivos do empresariado. O Brasil ainda é um dos campeões mundiais dos juros reais altos.
A política monetária conservadora não é politicamente neutra. Serve a interesses da oligarquia financeira que se realizam sacrificando a produção, o emprego, os gastos públicos e o consumo da maioria dos brasileiros. O pagamento de juros consumiu 5,7% do PIB ou R$ 236 bilhões no ano passado, 20% a mais do que em 2010, garantindo generosos lucros aos ociosos rentistas e obstruindo os investimentos do Estado.
Esta é uma das causas, talvez a principal, do fraco desempenho da economia nacional em 2011. Contribui também para a valorização do câmbio e o consequente processo de desindustrialização, refletido na queda de 2,1% na produção de manufaturados em janeiro.
O resultado do PIB no ano passado e os últimos indicadores da produção industrial sinalizam e necessidade de mudanças substantivas na política econômica, com destaque para a redução dos juros a níveis civilizados. O Brasil precisa crescer mais, com melhor distribuição de renda e justiça social, e o crescimento reclama urgência. Em defesa de um novo projeto nacional de desenvolvimento com soberania e valorização do trabalho, a CTB não medirá esforços para que esta necessidade se transforme em realidade.
São Paulo, 7 de março de 2011
Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
A política monetária conservadora não é politicamente neutra. Serve a interesses da oligarquia financeira que se realizam sacrificando a produção, o emprego, os gastos públicos e o consumo da maioria dos brasileiros. O pagamento de juros consumiu 5,7% do PIB ou R$ 236 bilhões no ano passado, 20% a mais do que em 2010, garantindo generosos lucros aos ociosos rentistas e obstruindo os investimentos do Estado.
Esta é uma das causas, talvez a principal, do fraco desempenho da economia nacional em 2011. Contribui também para a valorização do câmbio e o consequente processo de desindustrialização, refletido na queda de 2,1% na produção de manufaturados em janeiro.
O resultado do PIB no ano passado e os últimos indicadores da produção industrial sinalizam e necessidade de mudanças substantivas na política econômica, com destaque para a redução dos juros a níveis civilizados. O Brasil precisa crescer mais, com melhor distribuição de renda e justiça social, e o crescimento reclama urgência. Em defesa de um novo projeto nacional de desenvolvimento com soberania e valorização do trabalho, a CTB não medirá esforços para que esta necessidade se transforme em realidade.
São Paulo, 7 de março de 2011
Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Nota oficial da Força Sindical sobre o anúncio da taxa Selic
A queda da taxa Selic é tímida e insuficiente para aquecer o consumo, gerar empregos e melhorar o PIB. Um pouco mais de ousadia traria enormes benefícios para o setor produtivo, que gera emprego e renda e anseia há tempos por um crescimento expressivo da economia. É um absurdo esta mesmice conformista dos tecnocratas do Banco Central.
Juros em patamares estratosféricos sangram as riquezas do país, criam enormes obstáculos ao desenvolvimento nacional e comprometem a geração de postos de trabalho e os investimentos sociais. Juros altos são sinônimos de estagnação. Insistimos que a manutenção dos juros em patamares tão altos contraria qualquer projeto que estimule a retomada do crescimento econômico.
A classe trabalhadora está cansada desta sucessão de erros de setores do governo. O PIB pífio, anunciado ontem, já é fruto nocivo dos juros altos. Estamos sofrendo com a desindustrialização e com o crescimento desenfreado das importações, que estão minando nossa produção, fechando empresas e causando desemprego.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho
presidente da Força Sindical
Juros em patamares estratosféricos sangram as riquezas do país, criam enormes obstáculos ao desenvolvimento nacional e comprometem a geração de postos de trabalho e os investimentos sociais. Juros altos são sinônimos de estagnação. Insistimos que a manutenção dos juros em patamares tão altos contraria qualquer projeto que estimule a retomada do crescimento econômico.
A classe trabalhadora está cansada desta sucessão de erros de setores do governo. O PIB pífio, anunciado ontem, já é fruto nocivo dos juros altos. Estamos sofrendo com a desindustrialização e com o crescimento desenfreado das importações, que estão minando nossa produção, fechando empresas e causando desemprego.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho
presidente da Força Sindical
Fonte: Portal Vermelho
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