Em resposta ao manifesto publicado no final do mês passado por militares da reserva que questionaram sua autoridade e a da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira (6) que os signatários do texto devem respeito à "autoridade civil".
Frente à questão, a presidente Dilma Rousseff prepara uma ação para fortalecer Amorim. A primeira consta da liberação de recursos para a pasta e sinais políticos que não deixem dúvidas aos militares de que ele é o interlocutor da categoria que terá acesso ao Palácio para negociar o reaparelhamento das Forças Armadas e o reajuste de salários.
Durante entrevista no Senado nesta terça-feira (6), o ministro ressaltou que “a questão importante é o respeito à autoridade civil, isso é parte da democracia. Da mesma maneira que nós respeitamos muito o profissionalismo dos militares".
Ele pontuou ainda que a Comissão da Verdade foi criada por lei aprovada no Congresso e deve ser cumprida por todos: "todos nós, militares e civis, temos que respeitar a lei passada quase pela virtual unanimidade do Congresso e, ao mesmo tempo, é preciso ter clareza que essa lei vai ser aplicada na sua integralidade, inclusive no que diz respeito à observância da Lei da Anistia".
Insubordinação
O texto divulgado na internet pelos militares criticava o governo sob o argumento de que ele está agindo por “revanchismo”. Intitulado “Eles que venham. Por aqui não passarão”, o texto corroborava críticas divulgadas anteriormente pelos clubes Militar, Naval e de Aeronáutica retirados da internet por pressão do Planalto.
O governo considerou o manifesto um ato de insubordinação. Isso porque, mesmo fora da ativa, os militares da reserva estão sujeitos à hierarquia das Forças Armadas, das quais Dilma e Amorim são os chefes máximos.
Com informações da Folha de S. Paulo e do Valor Econômico
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