O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comentou pela primeira vez a escolha do governador de Miranda, Henrique Capriles, para enfrentá-lo nas urnas na eleição marcada para o dia 7 de outubro. De acordo com o presidente, Capriles tenta esconder sua ideologia, enquanto a oposição tenta se disfarçar de Chávez para conquistar o eleitorado. Confiante, disse que "varrerá" o opositor nas urnas.
Em sua primeira aparição pública desde a vitória de Capriles nas eleições primárias da oposição, Chávez disse que seu governo é a garantia de paz e estabilidade no país.
"Agora a burguesia tem seu candidato. É o candidato antipatriota, do capitalismo, é o candidato dos ianques e vamos varrer essa burguesia", disse, durante sessão da Assembleia Nacional em Bolívar, no sudeste do país.
Sem mencionar diretamente o nome de Capriles, - que se define como progressista, embora integre uma coalizão que também reúne conservadores - Chávez disse que a proposta dos opositores de unificação do país é falsa. Capriles tem usado a frase "somos todos venezuelanos" como mote da campanha.
Chávez diz que Capriles tenta imitá-lo ao prometer manter e ampliar programas sociais do governo."A burguesia quer parecer com Chávez? Aproveita o Carnaval e se disfarça de chavito (boneco do presidente)", afirmou o presidente.
O presidente minimizou o comparecimento de 3 milhões de pessoas nas primárias da oposição, um patamar acima do esperado pela Mesa de Unidade Democrática (MUD, a coalizão de partidos opositores). Para o presidente, o resultado não é surpreendente e justificou lembrando as 4 milhões de pessoas que participaram de um referendo contra ele em 2004.
De acordo com ele, daria na mesma competir com Capriles ou com uma capivara nas eleições presidenciais de 7 de outubro. "Dá no mesmo quem teria ganhado ou quem ganhou as chamadas primárias da oposição, se me colocam a este ou a outro, a uma capivara, a um burro ou a um ornitorrinco", provocou o mandatário em entrevista à televisão estatal.
De acordo com os prognósticos do presidente, a oposição obterá entre 5 milhões e 6 milhões de votos e o governo, de 8 milhões a 9 milhões de eleitores.
Com agências
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