segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Governo da Coreia do Norte pede apoio à direção de Kim Jong-un

O governo da República Popular Democrática da Coreia conclamou a população do país a apoiar com fidelidade a direção de Kim Jong-un, argumentando que ela é garantia decisiva para levar a termo termo a causa revolucionária do país.

Essa exortação figura em um comunicado conjunto do Comitê Central e a Comissão Militar Central do Partido do Trabalho da Coréia, o Comitê de Defesa Nacional, o Presidium da Assembleia Popular Suprema e o Conselho de Ministros, divulgado hoje pela agência de notícias KCNA.

"Hoje em dia, à frente da revolução coreana está Kim Jong-un, grande sucessor da causa revolucionária do Juche e destacado dirigente de nosso partido, exército e povo", acrescenta o documento, difundido pouco depois de informar-se o falecimento do então líder norte-coreano, Kim Jong Il.


Insta também a lutar com maior firmeza "pela grande e nova vitória da revolução do Juche (autodependência) superando as dificuldades de hoje e convertendo a tristeza em força e coragem sob a direção do camarada Kim Jong-un".

O comunicado exorta ademais a defender firmemente o regime socialista e as conquistas da revolução e registrar uma mudança decisiva na construção de uma potência econômica e o melhoramento da vida do povo.

Base político-militar

Ao referir-se a Kim Jong Il e seu trabalho à frente do país, ressalta que o falecido líder "assentou a poderosa base político-militar do avanço incessante da revolução coreana e preparou o firme fundamento para a eterna prosperidade da pátria e a nação".

Kim, ex-secretário geral do Partido do Trabalho da Coréia e ex-presidente do Comitê de Defesa Nacional, faleceu vítima de um infarto cardíaco no sábado (17) às 8h30, com 69 anos, em um trem enquanto cumpria uma viagem de trabalho.

Milhares de norte-coreanos foram às ruas de Pyongyang nesta segunda-feira (19) para prestar homenagem a Kim Jong-il. Em meio ao clima de luto, muitos cidadãos manifestam profunda dor pela perda do líder.

O povo norte-coreano foi às ruas para homenagear o líder em memoriais montados pelas cidades do país. "Como algo tão cruel pode ter acontecido? Por favor, volte, general. Não acreditamos que você se foi", lamentou Hong Son Ok, uma cidadã entrevistada pela televisão local.

"Ele morreu muito repentinamente, para nossa profunda tristeza", disse a agência KCNA no sábado. Há cerca de um ano, Kim Jong Il havia indicado que Kim Jong-un deveria sucedê-lo.

Condolências

O Japão ofereceu suas condolências à Coreia do Norte pela morte repentina. O porta-voz japonês, Osamu Fujimura, disse esperar que isso "não afete a paz e a segurança na península coreana".

As autoridades chinesas, por sua vez, ofereceram suas profundas condolências pela morte do norte-coreano, destacando que foi um "bom amigo" da China. Pequim afirmou que continuará apoiando Pyongyang na salvaguarda da paz e da estabilidade da região.

"A notícia do falecimento do camarada Kim nos impactou. Oferecemos ao povo da República Popular Democrática da Coreia nossas condolências. Foi um grande líder e um bom amigo", assinalou na entrevista coletiva diária o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Liu Weimin.


Estados Unidos e Coreia do Sul, tratando de tensionar o ambiente na Península Coreana, puseram suas instalações militares em "alerta" depois que souberam da morte de Kim. Como sempre, os meios de propaganda dos dois países tentam atribuir a reponsabilidade dessas ações desestabilizadoras à Coreia do Norte, quando as ameaças sempre partiram do sul ou dos próprios Estados Unidos, como no exemplo da troca de tiros em meados de 2011 em uma ilha próxima à fronteira intercoreana, iniciada pelo exército do sul, em exercício militar conjunto com os EUA.

Comunicado do governo

Em um comunicado dsitruibuído pela KCNA, o governo do país lamentou a morte do líder e ressaltou sua trajetória revolucionária na construção do socialismo na RPDC.

"Durante todo o período no qual se caracterizou como uma grande liderança revolucionária, ele valorizou e amou o povo coreano, estando com ele tanto nos bons quanto nos maus momentos. Seguiu, mesmo com a saúde débil, em seus trabalhos pelo desenvolvimento da luta revolucionária, trabalhando com todos os esforços de coração e alma para construir um grande país e melhorar a vida da população. Ele morreu de forma repentina, de derrame cerebral quando estava indo para uma visita de inspeção", diz o comunicado, traduzido pelo blog Solidariedade à Coreia Popular.

"A vida de Kim Jong Il foi a vida brilhante de um grande revolucionário que levantou, sem hesitar jamais, a bandeira vermelha da revolução. Sua vida foi a vida de um patriota sem igual que se dedicou a todo o momento a seu país e a seu povo", segue a nota.

"Kim Jong Il faleceu antes que pudesse ver vitoriosa a causa da reunificação nacional e da construção de uma grande Nação deseja tão desejada por ele, mas poderosa base política e militar assegura o avanço da Revolução Coreana através de todas as gerações e irá prover uma sólida base para a eterna prosperidade do país e da Nação".

"O coração do camarada Kim Jong Il parou de bater, mas seu nobre nome e sua benevolente imagem serão lembrados eternamente por nosso Exército e por nosso Povo. Sua gloriosa trajetória revolucionária brilhará na história da Coreia eternamente”. finaliza

Com agências
Fonte: Portal Vermelho

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