domingo, 6 de janeiro de 2013

Chávez é o presidente legítimo e constitucional da Venezuela

E basta ler e estudar com atenção a Constituição da República Bolivariana da Venezuela para chegar à essa conclusão. 

Vejamos o que diz o artigo 231 da Carta Magna daquele país:
"(...) Se por qualquer motivo o presidente ou presidenta da República não puder tomar posse ante à Assembléia Nacional, o fará ante o Tribunal Supremo de Justiça."

Mais adiante, o artigo 234 completa:
"As faltas temporárias do presidente ou presidenta da República serão supridas pelo vice-presidente executivo ou vice-presidenta executiva por até noventa dias, prorrogáveis por decisão da Assembléia Nacional até por mais noventa dias."

Portanto, ao contrário do que a campanha de desinformação da grande mídia e da oposição venezuelana informam, mesmo que Hugo Chávez não possa estar presente no dia 10 de janeiro, data da posse, não perde o direito de exercer a presidência e, até que ele esteja em condições de saúde, o vice-presidente Nicolás Maduro exerce interinamente a presidência da República.

O resto é conversa de golpista!

O espírito dos "Torquemadas modernos"

Pensando comigo mesmo, conclui que é incrível como hoje em dia algumas pessoas incorporam com tanta facilidade o espírito de "juízes". Se você possui uma ideologia distinta, você é ladrão. E ponto.  

Obviamente, são pessoas que não costumam fazer um bom debate, discutir a fundo e de forma respeitosa as questões relacionadas à política. Basta que você pense diferente delas para receber mais um dos rótulos inspirados dos manuais de 1964, pois quando se vêem encurralados em uma discussão, rapidamente soltam os adjetivos: "petralha!", "mensaleiro!", "ladrão!"... e por aí vai...

São pessoas intolerantes, que geralmente buscam preencher com sarcasmo a completa incapacidade para formular ideias coerentes. E quando nem o sarcasmo funciona, comportam-se como "Torquemadas modernos" (aquele famoso juiz da Santa Inquisição). Consideram-se paladinos da moralidade. Mais que isso: acham que são os únicos no planeta que possuem moral para falar alguma coisa. Os outros são aqueles adjetivos já citados...

Mas que destilem ódio e preconceito: a história é bela, e nada como o seu decurso para demonstrar quem, efetivamente, contribuiu para o avanço civilizacional de nosso país e do nosso povo.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Política, Teatro e Mentira

Por Emiliano José*
Richard Sennet, no livro O declínio do homem público, afirma que a política é teatro, e a afirmação é feita positivamente. É um elogio à política como elemento civilizatório, como uma atividade que reclama adaptação à correlação de forças, que implica subestimação dos ódios pessoais, fortalecimento do espírito público. É bom lembrar isso em tempos em que a política anda tão combatida, como se ela não fosse tão essencial aos homens e mulheres de todo o mundo, como de fato é. Agora, teatro, aqui, não pode significar enganar a multidão, ludibriar o povo, prometer o que não se pode cumprir. Aí, vira politicalha, não é mais política.
Parto disso para discutir os primeiros passos do prefeito eleito e empossado de Salvador, ACM Neto. E, de pronto, alerto que sei de uma espécie de prudente ritual, segundo o qual há que se esperar um bom tempo até que se possa criticar o novo administrador e suas políticas, no essencial um ritual correto e, por isso, me aterei apenas àquilo que já foi feito, e se feito, se exposto ao sol, sujeito à crítica, se crítica couber. Bom, quem sabe, até para o novo prefeito repensar o que diz, quando for o caso.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Kátia Alves na Limpurb

ACM Neto nomeou para a Limpurb a delegada Kátia Alves, ex-secretária de segurança pública nos governos carlistas e responsável, dentre outras coisas, pela invasão da UFBA pela PM em 2001, pela indústria de grampos clandestinos montada a mando do então manda-chuva Toninho Malvadeza e por uma das maiores crises de segurança que a Bahia já viveu.

De fato, o novo prefeito de Salvador ratifica o ditado: "diga-me com quem andas, que te direi quem és".

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Posse de ACM Neto representa nova etapa da resistência democrática em Salvador

ACM Neto (DEM), novo prefeito de Salvador
Por Caio Botelho
Salvador possui um novo prefeito. E o sentimento de satisfação pelo fim do desastroso governo de João Henrique mistura-se com uma certa apreensão pela realidade que nos aguarda com o novo chefe do executivo municipal, ACM Neto (DEM). Afinal de contas, o campo político que governa a capital baiana desde o início deste ano está longe de representar algo novo e merecedor de algum crédito por parte dos soteropolitanos.

Pelo contrário: são os mesmos que já governaram a Bahia por quase quarenta anos praticamente ininterruptos, e que deixaram como herança um estado com alguns dos piores indicadores sociais do Brasil, um histórico de truculência no trato com o povo e uma vasta rede de corrupção que originou grandes fortunas, a começar pelo antigo chefe desse grupo, o ex-senador Antônio Carlos Magalhães, que chegou a possuir um patrimônio estimado em cerca de R$ 400 milhões, mesmo nunca tendo exercido nenhuma atividade profissional senão a de político.